De abril a julho, mortes por Covid na cidade do Rio caem 47%; variante delta preocupa

Segundo dados de levantamento exclusivo do G1, até julho deste ano, 30.429 pessoas morreram na capital fluminense por conta da Covid-19. RJ: mortes por Covid por município mês a mês De abril a julho deste ano, o número de óbitos mensais na cidade do Rio caiu quase pela metade (47%): de 3.414 para 1.813. Os dados fazem parte de levantamento exclusivo do G1, usando dados tabulados pelo pesquisador Wesley Cota, da Universidade Federal de Viçosa. Mortes por Covid no Rio Segundo números do município, 95% das internações por Covid-19 no Rio são de pessoas que não estão vacinadas. A imunização é apontada pela prefeitura como fundamental para a redução do número de óbitos. "As vacinas já salvaram milhares de vidas, sobretudo as de idosos. Sem elas, provavelmente estaríamos com números de óbitos semelhantes aos registrados em março deste ano", disse a professora Chrystina Barros, integrante do grupo técnico de enfrentamento da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Variante delta: os sinais que ameaçam fim da pandemia mesmo após vacinação Mais de 30% dos municípios brasileiros não registram mortes por Covid-19 em julho, maior percentual em 5 meses Segundo o estudo, até julho deste ano, 30.429 pessoas morreram na capital fluminense por conta da Covid-19. Desde maio do ano passado, a cidade do Rio de Janeiro não tem menos de 1 mil mortes provocadas pela Covid-19 por mês. Os números, por data de registro, são os seguintes: Março/2020 - 18 Abril/2020 - 517 Maio/2020 - 3.043 Junho/2020 - 2.972 Julho/2020 - 1.760 Agosto/2020 - 1.353 Setembro/2020 -1.306 Outubro/2020 - 1.156 Novembro/2020 - 1.170 Dezembro/2020 - 1.565 Janeiro-2021 - 2.361 Fevereiro/2021 - 1.642 Março/2021 - 1.578 Abril/2021 - 3.414 Maio/2021 - 2.445 Junho/2021 - 2.316 Julho/2021 - 1.813 Total: 30.429 Variante delta Veja 5 pontos sobre a variante delta Enquanto, por um lado, observa a quantidade de mortos por Covid-19 diminuir, por outro o Rio tem que lidar com a expansão acelerada da variante delta na cidade. Essa variação do coronavírus já é responsável por quase a metade dos casos de Covid-19 hoje no município do Rio, segundo o secretário de saúde, Daniel Soranz. Ele se baseou em um estudo divulgado na última terça-feira (3) pela Secretaria Estadual de Saúde do RJ (SES-RJ) que detectou que 45% das amostras de pacientes cariocas tinham a cepa delta do coronavírus. “Do total de amostras genotipadas, que a gente consegue identificar qual é a variante, 45% deste total foi de variante delta. Então, a secretaria estima que 45% dos casos de Covid na cidade já sejam desta variante”, explicou Soranz. As transmissões comunitárias da delta na cidade haviam sido confirmadas por Soranz no mês passado. Essa variante foi identificada primeiro na Índia e está se alastrando pelo mundo em alta velocidade. Perigo real A professora Chrystina Barros, a variante delta representa um dos maiores perigos à população desde o início da pandemia. "A delta fez com que países como Israel e Estados Unidos retrocedessem nas medidas de afrouxamento. Muito por conta de ser bastante parecida com a gripe, essa variação do coronavírus chegou ao Brasil de forma perigosa, com a imagem de ser mais branda, menos letal. Abordar a delta dessa maneira é perigoso demais - ela é um perigo real. Mais do que nunca, agora precisamos usar máscaras e manter o distanciamento". Por conta do alastramento da variante delta, ela considera pouco prudente se falar em réveillon ou carnaval neste momento. "Quando, por exemplo, se fala em carnaval, temos que entender que haverá cenários como pessoas amontoadas em barracões. Isso é perigoso demais. Não é possível imaginar a realização de festas desse porte com menos de 85% da cobertura vacinal da cidade completa - ou seja, com a primeira e segunda doses aplicadas. Hoje, esse percentual é de cerca de 30%". Vídeos mais vistos no Rio nos últimos 7 dias

De abril a julho, mortes por Covid na cidade do Rio caem 47%; variante delta preocupa
Segundo dados de levantamento exclusivo do G1, até julho deste ano, 30.429 pessoas morreram na capital fluminense por conta da Covid-19. RJ: mortes por Covid por município mês a mês De abril a julho deste ano, o número de óbitos mensais na cidade do Rio caiu quase pela metade (47%): de 3.414 para 1.813. Os dados fazem parte de levantamento exclusivo do G1, usando dados tabulados pelo pesquisador Wesley Cota, da Universidade Federal de Viçosa. Mortes por Covid no Rio Segundo números do município, 95% das internações por Covid-19 no Rio são de pessoas que não estão vacinadas. A imunização é apontada pela prefeitura como fundamental para a redução do número de óbitos. "As vacinas já salvaram milhares de vidas, sobretudo as de idosos. Sem elas, provavelmente estaríamos com números de óbitos semelhantes aos registrados em março deste ano", disse a professora Chrystina Barros, integrante do grupo técnico de enfrentamento da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Variante delta: os sinais que ameaçam fim da pandemia mesmo após vacinação Mais de 30% dos municípios brasileiros não registram mortes por Covid-19 em julho, maior percentual em 5 meses Segundo o estudo, até julho deste ano, 30.429 pessoas morreram na capital fluminense por conta da Covid-19. Desde maio do ano passado, a cidade do Rio de Janeiro não tem menos de 1 mil mortes provocadas pela Covid-19 por mês. Os números, por data de registro, são os seguintes: Março/2020 - 18 Abril/2020 - 517 Maio/2020 - 3.043 Junho/2020 - 2.972 Julho/2020 - 1.760 Agosto/2020 - 1.353 Setembro/2020 -1.306 Outubro/2020 - 1.156 Novembro/2020 - 1.170 Dezembro/2020 - 1.565 Janeiro-2021 - 2.361 Fevereiro/2021 - 1.642 Março/2021 - 1.578 Abril/2021 - 3.414 Maio/2021 - 2.445 Junho/2021 - 2.316 Julho/2021 - 1.813 Total: 30.429 Variante delta Veja 5 pontos sobre a variante delta Enquanto, por um lado, observa a quantidade de mortos por Covid-19 diminuir, por outro o Rio tem que lidar com a expansão acelerada da variante delta na cidade. Essa variação do coronavírus já é responsável por quase a metade dos casos de Covid-19 hoje no município do Rio, segundo o secretário de saúde, Daniel Soranz. Ele se baseou em um estudo divulgado na última terça-feira (3) pela Secretaria Estadual de Saúde do RJ (SES-RJ) que detectou que 45% das amostras de pacientes cariocas tinham a cepa delta do coronavírus. “Do total de amostras genotipadas, que a gente consegue identificar qual é a variante, 45% deste total foi de variante delta. Então, a secretaria estima que 45% dos casos de Covid na cidade já sejam desta variante”, explicou Soranz. As transmissões comunitárias da delta na cidade haviam sido confirmadas por Soranz no mês passado. Essa variante foi identificada primeiro na Índia e está se alastrando pelo mundo em alta velocidade. Perigo real A professora Chrystina Barros, a variante delta representa um dos maiores perigos à população desde o início da pandemia. "A delta fez com que países como Israel e Estados Unidos retrocedessem nas medidas de afrouxamento. Muito por conta de ser bastante parecida com a gripe, essa variação do coronavírus chegou ao Brasil de forma perigosa, com a imagem de ser mais branda, menos letal. Abordar a delta dessa maneira é perigoso demais - ela é um perigo real. Mais do que nunca, agora precisamos usar máscaras e manter o distanciamento". Por conta do alastramento da variante delta, ela considera pouco prudente se falar em réveillon ou carnaval neste momento. "Quando, por exemplo, se fala em carnaval, temos que entender que haverá cenários como pessoas amontoadas em barracões. Isso é perigoso demais. Não é possível imaginar a realização de festas desse porte com menos de 85% da cobertura vacinal da cidade completa - ou seja, com a primeira e segunda doses aplicadas. Hoje, esse percentual é de cerca de 30%". Vídeos mais vistos no Rio nos últimos 7 dias